Acervo
Biblioteca Pública terá espaço dedicado à Integração Brasil-Uruguai
Estarão disponíveis para a leitura dos pelotenses em torno de 200 obras escritas pelos hermanos
Carlos Queiroz -
A Biblioteca Pública Pelotense (BPP) inaugura nesta sexta-feira (18), às 18h, o Espaço de Integração Brasil-Uruguai. O objetivo é valorizar, por meio dos livros, as diferentes conexões que existem entre os dois países, em especial, entre a Zona Sul do Rio Grande do Sul com o Uruguai, nos aspectos culturais, sociais e econômicos. As centenas de títulos uruguaios sobre os mais diversos conteúdos que estarão disponíveis para a leitura fazem parte do acervo do capitão aposentado da Marinha uruguaia, Juan José Mazzeo, doado por ele à BPP.
"A ideia da criação desse espaço cultural nasceu em função desse rico acervo. Ele vai se somar com as obras que já tínhamos aqui e formar uma rica coleção. Tem livros bem variados", conta o presidente da Bibliotheca, Sérgio Cruz Lima. Ele ainda declara que a integração artística entre o Rio Grande do Sul e o país vizinho já é bem consolidada. Desse modo, parte da aproximação cultural, através da literatura, ficará a cargo da BPP. "Eu entendo que a Biblioteca poderá servir para integrar mais o Brasil com o Uruguai. Nós gaúchos temos um cordão umbilical com o país vizinho. Já temos a integração artística, aqui teremos a cultural", afirma.
Já Mazzeo conta que a iniciativa de doar os livros surgiu no momento em que encontrou um padre uruguaio, em uma viagem de ônibus que fazia o trajeto de Pelotas a Montevideo, que lhe disse que em qualquer biblioteca conceituada há livros que trazem a história do Rio da Prata. "Então o que eu pensei é que eu gostaria que os pelotenses soubessem o que pode ser lido por um uruguaio na sua vida em geral. A Biblioteca pode institucionalizar as atividades de integração do ponto de vista cultural", explica.
Integração pessoal
O capitão enfatiza que, por mais que a literatura seja essencial, o primeiro passo para a integração entre o Brasil e o Uruguai é as pessoas fazerem como ele: cruzar a fronteira e conhecer a população do país de perto. O segundo é apreciar os livros do país vizinho. "Tem que pular para o outro lado do arame e ter o contato humano com a população do país. Ver a identidade quase absoluta que temos entre nós, depois conhecer a literatura e começar a ler como o uruguaio lê".
Mazzeo divide-se entre Montevideo e Pelotas. Ele vem à cidade frequentemente como membro da Comissão Uruguaia-brasileira para desenvolvimento da Lagoa Mirim para tratar de temas de integração e de projetos de desenvolvimento regional. "Eu venho aqui por prazer. É uma cidade que dá prazer em estar nas ruas", diz.
A sessão de inauguração do Espaço de Integração Brasil-Uruguai contará com uma palestra do capitão. Quem for visitar a Biblioteca Pelotense poderá encontrar o acervo na sala de literatura uruguaia.
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